quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Sala de situação das arboviroses

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em termos de seus usos e funções, as salas de situação de saúde estão voltadas para planejar e avaliar ações em prevenção; apoiar a definição dos programas e políticas que melhorem a saúde; avaliar a qualidade e o acesso aos serviços; auxiliar a vigilância da saúde pública, incluindo a vigilância das doenças sujeitas a regulamento internacional; e dirigir a resposta dos serviços de saúde em situações de emergência como surtos epidêmicos ou desastres naturais. Além disso, também ajuda a difundir informação em saúde à comunidade, interagindo e fomentando a saúde.

Para a análise da situação das arboviroses no Brasil, os pesquisadores do InfoDengue (projeto da Fundação Getúlio Vargas e da Fiocruz/RJ) se reúnem uma vez por semana em uma sala de situação das arboviroses  com o  objetivo de  aprimorar as análises do sistema de informação para entregar boletins e dados mais próximos da situação real/atual. Com isso, as secretarias de saúde conseguem desenvolver ações mais eficazes no combate à dengue, zika e Chikungunya. Com o possível aumento do número de casos das doenças durante o verão, a ação é importante para intensificar o monitoramento e discutir planos de ação contra os vetores das arboviroses.


                                                            
Imagem: print da reunião online da sala de situações das arboviroses 

Na primeira reunião da sala de situação, os pesquisadores realizaram uma análise de todos os 1.827 municípios monitorados pelo InfoDengue e possíveis ajustes que poderiam ser feitos. Foram observadas também as regiões com grandes índices de casos informados das doenças transmitidas pelo  mosquito Aedes aegypti e levantamento de informações acerca do comportamento da doença na população.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Parceria entre o sistema de monitoramento online e as secretarias de saúde reforça combate às arboviroses no verão

 Ao todo 1827 municípios brasileiros são monitorados pelo InfoDengue que é fruto da parceria entre a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Oswaldo Cruz

Com a chegada do verão, os casos de dengue, zika e chikungunya podem aumentar, e com o advento da pandemia da Covid-19 o cenário que normalmente gera preocupações para as secretarias de vigilância em saúde pode se tornar crítico.  Com isso, os órgãos competentes responsáveis pela elaboração de ações de mapeamento e trabalhos educativos junto à população reforçando a importância da remoção de criadouros nas residências buscam o auxílio de novos sistemas para o acompanhamento do índice de casos das doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e coordenadora do programa, Claudia Codeço, a atuação do InfoDengue é importante para ajudar as secretarias a manterem o foco nas ações e antecipar possíveis epidemias. “O InfoDengue atua junto com as secretarias de saúde, buscando gerar indicadores que auxiliem na tomada de  decisão para prevenção de epidemias de dengue, zika e chikungunya. Epidemias de dengue e chikungunya surgem de repente, causando muitos casos que precisam de assistência médica. Com os hospitais dedicados à covid, ficará muito difícil atuar de forma eficiente para tratar outras doenças, como dengue hemorrágica ou um caso grave de chikungunya. Então é muito importante manter a população de mosquitos contida, o que é uma tarefa de cada um.”- destaca a pesquisadora.


Fêmea do mosquito Aedes aegypti no Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários
Acervo: Fundação Oswaldo Cruz



Em operação desde 2015, o InfoDengue possui como parceiros mais recentes os estados de Minas Gerais, Maranhão e a cidade de Porto Alegre. O projeto é uma parceria da Fiocruz/RJ e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e tem como principal objetivo fornecer para as secretarias boletins semanais completos com os dados de notificação obrigatória, dados meteorológicos (já que a transmissão é influenciada pelo clima), dados de menção à dengue nas redes sociais (entendendo que muitas pessoas buscam informação e auxílio nessas plataformas quando estão doentes) e dados demográficos. Para acompanhar todo o trabalho do sistema de monitoramento online de arboviroses basta acessar o site info.dengue.mat.br



Dicas de cuidados para evitar a dengue no verão

Com o clima quente e fortes chuvas, o verão é a época para aumentar os cuidados e eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Cerca de 80% dos criadouros estão em residências e por isso os cuidados devem ser frequentes. Confira dicas do coordenador do InfoDengue e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Flávio Coelho:

  • Evite acúmulo de água em pneus velhos, garrafas e qualquer outro lugar propenso a formação de poça, já que o mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas, não necessariamente potável. 

  • Mantenha caixas d´água e cisterna fechadas, piscinas também podem se tornar foco do mosquito Aedes aegypti então é importante manter a atenção na limpeza, manter pratos de vasos de plantas e flores com areia, lavar bebedouro dos animais pelo menos uma vez por semana, entre outras medidas.




segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Pesquisadores do Programa de Computação Científica da Fiocruz são responsáveis por dados que ajudam em pesquisas

 

O Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) é uma inciativa da Fiocruz para trabalhar em favor do desenvolvimento e da aplicação de métodos matemáticos e estatísticos inovadores em pesquisas no campo das biociências, prioritariamente as desenvolvidas na Fundação. Grande parte dos pesquisadores do InfoDengue fazem parte do programa e participam ativamente também do desenvolvimento do InfoGripe, que monitora casos de Síndrome respiratória aguda.



Seu objetivo é manter a alta produtividade em pesquisa quantitativa voltada para o delineamento de estudos e análise de dados e para a modelagem matemática e estatística de sistemas biológicos com aplicação em áreas de saúde, que abrangem desde o desenvolvimento de fármacos até o estudo de epidemias, em parceria com grupos de pesquisa interno e externos à instituição.


O Programa visa, ainda, capacitar pesquisadores e metodólogos em formação, atuando nas pós-graduações do Programa de Biologia Computacional e Sistemas, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e no Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

Newsletter Setembro

 



segunda-feira, 28 de setembro de 2020

InfoDengue elabora curso online para auxiliar os profissionais das secretarias de vigilância epidemiológica



Ainda em fase de desenvolvimento o curso proporciona capacitação em metodologias de análise de situação de transmissão de arboviroses e de síndromes gripais agudas graves utilizadas nos sistemas Infodengue e Infogripe.


Uma das grandes vantagens do ensino à distância diz respeito sobre a possibilidade do próprio aluno de gerenciar tempo e o ritmo dos seus estudos. Pensando nisso, a equipe do InfoDengue está desenvolvendo um curso EAD que tem como público-alvo os profissionais das secretarias de vigilância em saúde.

Foto de cottonbro no Pexels


O curso será dividido em dois módulos. O primeiro é "Epidemiologia e Vigilância" e o segundo é  "Vigilância e Sistemas de Informação". Espera-se com o curso, prover aos profissionais da vigilância em saúde instrumentos que auxiliem na tomada de decisão em salas de situação em saúde municipais e estaduais. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Chegada da primavera proporciona condições de proliferação do Aedes aegypti

A primavera está chegando. Os ovos de Aedes aegypti encontram condições favoráveis para eclodir e aguardam apenas a próxima chuva, ou a rega do jardim. São milhares de ovos que foram acumulando durante o inverno quando as temperaturas mais baixas e o ar seco inibiam o desenvolvimento e a sobrevivência desses mosquitos.

A temporada do Aedes chega em momentos diferentes em cada canto de nosso Brasil continental, já que o clima muda em cada lugar. Fique de olho no nível amarelo do InfoDengue, pois indica que a temporada chegou.



O que podemos fazer? Adiantarmos aos mosquitos e correr para fazer o mutirão da limpeza!

Podemos evitar uma epidemia provocada pelo mosquito Aedes aegypti!

Texto de Cláudia Codeço (Pesquisadora da FIOCRUZ/RJ e coordenadora do InfoDengue)